Demi Lovato na revista Complex

A revista Complex está arrasando nos últimos editoriais – lembram desse com a Khloé Kardashian?

Dessa vez a revista trouxe a Demi Lovato clicada por Tony Kelly (eu amo as fotos dele, sempre são bem coloridas, polêmicas e sexy) em um estilo pin-up, nos mostrando que o pop dela está amadurecendo e já chegou na sua fase “I’m Slave 4u/Dirrty”. Acho ótimo ver a Demi com a autoestima super elevada e cada vez mais confiante com seu corpo, fica fácil perceber que ela está bem mais feliz dessa maneira, abraçando suas curvas depois de passar por tantos distúrbios alimentares. Stay strong, Demi! ♥

Você não tem muitas fotos com amigos famosos no seu Instagram, né?

Eu não saio muito com gente famosa. Não sou o tipo de pessoa que fica no Instagram publicando milhares de fotos minhas e dos meus amigos. Tenho o meu grupinho de amigos próximos que não são necessariamente famosos mas que estarão prontos para me ajudar a qualquer momento. Eles são o tipo de pessoa que falam a real para mim e não me tratam como uma diva. Não tenho ninguém ao meu redor que beija a minha bunda. Sou muito abençoada e tenho muita sorte de ter esses amigos. Acredito que amigos são a família que escolhemos. Eles não são amigos para mim, são minha família.

Você assumiu um papel sexy para promover seu novo álbum. Como se sente sobre isso?

É libertador. Não que eu tenha algo para esconder. Esses dias fui em uma festa na piscina e alguém tirou uma foto minha com uma luz ruim, estava repleta de celulite. Vi e me senti desconfortável na hora. Então eu li a legenda embaixo da foto que dizia: “Estou tão orgulhosa dessa mulher. Ela é real. Mesmo com celulite ela não deixou de usar biquíni. Ela está arrasando!” Aí fiquei tão feliz de ver que posso ser um exemplo para muitas meninas.

Você tem celebrado suas curvas no Instagram. Quem te inspira nesse sentido?

Sempre falei das Kardashians. Quando elas ficaram famosas meio que revolucionaram os padrões de beleza, principalmente quando se trata de formato do corpo. Por tanto tempo a moda era o estilo “heroin-chic” das supermodelos dos anos 90, e eu acho que as Kardashians ganharam destaque exatamente por serem diferentes disso. Então o público pensou: “Quer saber? Curvas realmente são bonitas!”. Desde então, percebi que a Beyoncé deu uma encorpada, Nicki Minaj é encorpada. Acho que é uma coisa boa. Ver elas me fez aprender a aceitar a minha imagem corporal também. Não sou naturalmente magra, tenho um corpo atlético. Só tive que aceitá-lo. Tem dias que é difícil, mas estou cada vez mais orgulhosa dele.

Me conte sobre um desses momentos de insegurança.

Há um print do vídeo “Cool for the Summer” que meu empresário sugeriu que eu publicasse no Instagram em que aparece uma dobrinha na minha coxa. Isso me causou uma grande preocupação. Ainda mais depois que a mídia caiu em cima dizendo que eu parecia gorda. Mas aí parei para pensar um momento, percebi que é como uma perna humana parece. Não sou feita de plástico, não sou a Barbie, tenho pele e carne. Ultimamente estou aprendendo a lidar com minhas imperfeições e deixando de ficar obcecada em tentar fazer eu parecer perfeita. É um processo.

Como tem lidado com seus problemas de anorexia e bulimia?

Tenho lidado com anorexia e bulimia abertamente e, apesar de estar fazendo tratamento há anos, essas desordens não são curáveis. Mas estou no ponto mais feliz e saudável em que já estive. Manter esse estado precisa de um trabalho constante, especialmente quando se é uma mulher famosa constantemente exposta aos olhos do público. A fiscalização do meu corpo parece ser algo cotidiano e a mídia cai em cima por qualquer coisa, mas devo me manter forte.

Você passou por muita coisa ruim na vida.

Sim, muitas que até mesmo eu nunca comentei publicamente a respeito. Quando as pessoas falam que as coisas que eu compartilhei foram pesadas demais eu penso: “Vocês acham que isso foi pesado? Eu nem compartilhei a parte pesada de verdade!”. Se eu contasse tudo o que eu e os meus amigos já passamos por causa dos nossos vícios e das vezes que quase perdemos a vida, certamente ninguém entenderia como ainda estamos vivos. Não falo isso me fazendo de vítima só para contar uma história triste. Tenho orgulho do que eu passei e superei. Até hoje há coisas ruins que acontecem, mas eu penso: “Ok, isso faz parte da minha história”. Será algo a mais para contar e está tudo bem.

Você parece não ter medo de um confronto.

Não. Quando escutei a música “Bitch Better Have My Money” eu pensei: “Fuck yeah!”. É por isso que eu amo tanto a Rihanna. E a Nicki Minaj. E a Iggy. Elas não têm medo de dizer nada. São essas mulheres fortes e confiantes na indústria que realmente me inspiram.

Para ler na íntegra (em inglês) acesse o site da Complex.