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Os 5 melhores contos e poemas do Edgar Allan Poe

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Hoje é aniversário de um dos meus escritores favoritos, Edgar Allan Poe. Como praxe, fiz esse post para homenageá-lo. Apesar de sua fama internacional e grande relevância para a literatura da língua inglesa, sei que aqui no Brasil não é todo mundo que conhece, por isso aproveito para apresentá-lo e incentivar a leitura de seus contos e poemas. Posso antecipar que são incríveis!

Poe não se limitou a estabelecer novos padrões, ele mudou o curso da arte subsequente, aperfeiçoando paradigmas literários. Foi o responsável por inventar os contos de terror americano e é considerado o pai do gênero de ficção policial, sabendo dosar a melancolia, o macabro, mistérios e romance em cada texto, sem deixar apelativo e caricato. Também leva o crédito de ter contribuído para o gênero de ficção científica.

Para quem ainda duvida da importância dele no mundo dos livros, saiba que ele influenciou os melhores escritores, como: Arthur Conan Doyle, Jules Verne, Oscar Wilde e muitos outros.

Começou a sua carreira de maneira humilde, lançando anonimamente uma coleção de poemas chamada “Tamerlane e Outros Poemas“, em 1827, com apenas 18 anos. Trocou seu estilo para a prosa e passou diversos anos trabalhando para jornais, tornando-se famoso pelas suas críticas literárias.  Tentava ganhar a vida com seus contos, mas alcançou sucesso apenas depois de lançar o famoso “O Corvo” (The Raven) em 1845. Mesmo assim, morreu pobre, em 1849, com apenas 40 anos. A causa de sua morte até hoje é um mistério e muitas são as especulações.

O que destaca a sua obra e a faz permanecer tão convincente é que o Edgar Allan Poe não dependia de monstros ou cenários irreais, tudo era (alguns ainda são) muito plausível para a época; ele próprio é o louco, o perseguidor, o proscrito, o detetive e, sobretudo, o artista que fez o trabalho de sua vida um mergulho mais profundo para as fraquezas humanas, obsessões e más ações.

“Palavras não tem poder de impressionar a mente sem o requintado horror da realidade.” — Edgar Allan Poe

Antes de começar a falar sobre os meus favoritos, devo ressaltar que gosto de ler os poemas e contos em inglês mesmo, assim como foram escritos. Até acho que há traduções ótimas, mas sinto que perdem a sonoridade e às vezes até o sentido. Aliás, amo ouvi-los para dormir, principalmente na voz do Christopher Lee. ♥

Deixando de lado o estilo Wikipédia do post, vamos ao que importa: a lista que fiz com os 5 melhores contos e poemas do Edgar Allan Poe. ♥

A Dream Within’ a Dream – 1849

“It’s all that we see or seem,
nothing but a dream within’ a dream?”

Um dos últimos poemas escritos por Poe e o meu favorito. Ele questiona o que é realidade e o que é fantasia. Será que nossa vida é apenas um sonho dentro de um sonho? Adoro tudo o que questiona a lógica, principalmente quando envolve a questão da mente e uma analogia metafísica sobre a nossa existência. (versão de áudio aqui)

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The Raven – 1845

“Nevermore.”

O poema mais clássico do Edgar Allan Poe e um dos mais geniais, tanto sonoramente, com suas rimas super bem elaboradas e jogos fonéticos, quanto pela questão de sentido ambíguo e complexo. O corvo da história representa a morte e o pesar do personagem, que sofre pela perda de sua mulher amada, Lenore. É tão genial e profundo quanto macabro! Esse é o meu favorito para ouvir antes de dormir. ♥ (versão de áudio aqui)

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Os Assassinatos da Rua Morgue – 1841

“‘The riddle, so far, was now unriddled.'”

É a primeira história de detetive moderna e traz o personagem C. Auguste Dupin, um parisiense que prova ser mais inteligente do que todo mundo, usando evidências e deduções para desvendar os seus casos. Nesse conto, ele irá investigar o assassinato de duas mulheres, consagrando a fórmula mais importante do gênero de ficção policial: o leitor não é capaz de encontrar o assassino antes da conclusão final, apesar de ter acesso às mesmas pistas que o detetive da história. Dupin foi a inspiração para Doyle na hora de criar o Sherlock Holmes. Eu amo suspenses, mas esse tem uma pitada de humor bem surpreendente no final.

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A Queda da Casa de Usher – 1839

“I feel that the period will sooner or later arrive
when I must abandon life and reason together,
in some struggle with the grim phantasm, FEAR.”

Praticamente cada imagem, cada ação, cada palavra é importante e dedicada para a invocação de pavor, e o suspense segue nos deixando intrigados até o final. A história se passa na mansão dos Usher, onde mora Roderick – que sofre de sérios problemas de ansiedade, fotofobia e hipocondria – e sua irmã gêmea, Madeline – que está com sérios problemas de saúde também. Um amigo de infância tenta resgatá-la, mas talvez as atividades paranormais que acontecem na casa tentem impedi-lo.

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edgar-allan-poe---o-gato-preto---os-10-melhores-contos---terror---ficção-científica---livros---favoritos---blog-got-sinO Gato Preto – 1843

“There is something in the unselfish and self-sacrificing
love of a brute, which goes directly to the heart of him
who has had frequent occasion to test
the paltry friendship and gossamer fidelity of mere Man.”

Esse conto parece demonstrar um dos maiores medos do Poe: que seu alcoolismo o fizesse perder o controle ao ponto de envenenar sua personalidade. O narrador é um alcoólatra que ao beber demais, perde o controle e torna-se violento e perverso, cometendo alguns atos extremamente abomináveis. Fala sobre culpa e condenação, inclusive serviu de inspiração para as obras de Dostoyevsky. Mostra também a grande ironia de que mesmo o “amor mais altruísta e abnegado” não consegue mover seu coração e, eventualmente, até mesmo as criaturas mais amorosas não conseguem sentir pena dele. Ele é o único infiel, aquele que oferece uma “amizade mesquinha e fidelidade corrompida”.

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