Feliz Dia das Mães!
Não sou como aquela Musa
Movida ao seu verso pelo adorno
Que o próprio céu usa como ornamento
E o belo com seu alento se insinua
Par a par, comparando-se, orgulhoso
Ao sol e à lua, às ricas joias da terra e do mar
Com as primeiras flores de abril, e tudo o que é raro
Que os céus abarcam sob a abóbada imensa
Ah, deixa-me ser fiel ao amor e à escrita
E então, creia, meu amor é tão puro
Como de uma criança, embora menos luzidio
Que as fixas flamas douradas no manto celestial
Deixa que digam mais do que tão bem ouvem
Não louvarei senão o que eu puder defender.
Soneto 21 – William Shakespeare
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