Sou suspeita para falar desse livro, pois sou fã da escrita da Marina Barbieri há um bom tempo por causa dos blogs dela. Lembro até hoje quando encontrei o blog Corra Mary, li um post atrás do outro e não parei de acompanhar desde então. Gostei de cara da maneira sincera e divertida que ela usa as palavras, parece que estamos lendo os conselhos de uma amiga sábia, mas sem pretensiosismo nenhum, ela é humana e falível como todos nós. Essa personalidade tão única dela conseguiu transpor o tempo e migrar para o seu novo blog, Deu Ruim, e também para esse livro.
“Marina Barbieri tem uma teoria: toda mulher adora um caso perdido. Calma, ela explica: não é que mulheres gostem de insistir no erro. A verdade é que, no fundo, mulheres são batalhadoras. Não desistem fácil. O problema é que crescemos achando que o amor é um jogo cheio de armadilhas. Que o amor é, como dizem por aí, um campo de batalhas. Este livro vai mostrar que as coisas não são bem assim. O amor não é difícil. Nós é que o complicamos.
Sempre preferi escritoras mulheres, pois acho que elas analisam nuances mais delicadas da vida, principalmente quando se trata de relacionamentos. Mas confesso que acho bem difícil encontrar escritoras que não se perdem no excesso de “açúcar” que colocam nos livros com essa temática. A Marina com certeza não é uma dessas e sabe dosar exatamente os temperos das emoções passadas no papel. Gosto da maneira franca e empoderante que ela fala sobre isso, transformando um papo de amiga em um conselho que te ajuda de verdade a enxergar os relacionamentos de um outro ângulo – o certo – e resgatar a tua autoestima! Tudo com uma dose equilibrada de humor.
É um verdadeiro sacudidão te falando: “Acorda, amiga!”.
Expondo e analisando didaticamente exemplos de relacionamentos que ela mesma teve e deram errado, mostra o quão comum é nos colocarmos em furadas e que histórias semelhantes, porém com os mesmos personagens (o sr. Feito-Para-Casar, o sr. Aversão-a-Compromisso, o sr. Problema, etc), acontecem com a maioria das mulheres. Em uma sociedade tão patriarcal quanto a nossa, é bem importante ler algumas verdades para ajudar a retirar resquícios de estigmas doutrinários retrógrados que restam até mesmo nas pessoas ditas mais desconstruídas.
No livro ela explica como a Disney, os conselhos submissos de mulheres de gerações passadas (mães/tias/avós), comédias românticas e mais um monte de coisas impregnadas na sociedade ajudaram a construir em nós a ideia de normalidade em sermos mal tratadas, inventando desculpas para as atitudes ruins dos homens, insistindo em relacionamentos defasados, com a esperança de que no final o mocinho perceberá que nos ama e começará a agir corretamente. Ela também dá dicas de como superar tudo isso e explica cada caso em particular, fazendo com que a nossa cognição em relação ao namoro/casamento seja a mais simples possível: ame quem realmente te ama. Ou melhor: Fique com alguém que não tenha dúvidas!
De hoje em diante já sei o que dar de presente para todas as minhas amigas!
Por isso recomendo para todas vocês também. É uma leitura construtiva e inteligente que serve para qualquer uma de nós. Até eu, que tenho o “coração de pedra”, vi que sou o oposto das meninas que sofrem por amor. O que não é certo também, pois já fiz muitos homens sofrerem por conta dos muros gigantescos que cercam as minhas emoções. Vou baixar um pouco a guarda e levar para a vida as dicas que li. Se todas as pessoas se autoanalisassem um pouquinho assim, o mundo com certeza estaria mais leve e feliz.
Já quero ler o próximo livro da Marina!
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