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O inverno da Moncler

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Outro desfile que achei bem criativo na Milão Fashion Week foi o da Moncler – marca super famosa pelos casacos quentinhos para enfrentar a neve e o frio. Eles geralmente possuem peças de roupas clássicas de inverno e bem usáveis, mas se reinventaram totalmente para essa temporada, apostando em peças conceituais e uma estrutura bem diferentona para apresentá-las.

Intitulado “A República da Imaginação“, o projeto guiado por Remo Ruffini contou com 8 salas, cada uma guardava uma das coleções elaboradas em parceria com outros designers que serão lançadas pela marca nos próximos meses.

SALA 1
MONCLER PIERPAOLO PICCIOLI

O diretor criativo da Valentino, Pierpaolo Piccioli, focou a sua coleção de parceria na autenticidade e essência da Moncler. Para isso, usou basicamente o nylon e contruiu silhuetas inspiradas nas pinturas de Piero della Francesca e Beato Angelico. Ou seja , pegou o “feijão com arroz” da marca – a jaqueta com zíper mais clássica – e brincou com a modelagem, criando vestidos, luvas e capuzes com aspecto puritano.

“Inspirei-me na paleta dos pintores do Quattrocento italiano, de Piero della Francesca a Giotto, passando por Beato Angelico. Queria restaurar uma certa ideia de pureza e autenticidade, eliminando qualquer tipo de excesso”, explicou o designer.

SALA 2
MONCLER 1952

A sala ‘1952‘ mostrava peças bem coloridas, com logos gigantes e prontas para o street style. Algo bem básico, modernizado apenas pelas cores vibrantes.

SALA 3
MONCLER GRENOBLE

Um caleidoscópio humano foi criado nesta sala, onde um espelho gigante projetava a imagem dos modelos em coloridas roupas de ski e snowboard enquanto se moviam em sincronia deitados na neve falsa. Quem assina essa coleção é o Sandro Mandrino.

SALA 4
MONCLER SIMONE ROCHA

Simone Rocha – a única mulher deste dream team  – usou um cenário de montanhas brancas de papel amassado e princesas japonesas, com longos vestidos de tule e blusões decorados com pérolas. As tiras das suas carteiras lembram cartucheiras, adicionando um toque marcial a este guarda-roupa meio barroco, meio gótico.

“É uma mulher moderna, feminina e prática. A voz feminina da Moncler”, resumiu a designer.

SALA 5
MONCLER CRAIG GREN

Já o londrino Craig Green apresentou construções futuristas com proporções de Bibendum (o boneco da Michelin), em preto ou branco. As peças lembram armaduras infláveis. Particularmente, acho que seriam ótimos para enfrentar as maratonas de Netflix.

SALA 6
MONCLER NOIR – KEI NINOMIYA

Os japoneses do grupo trouxeram uma visão mais radical e artística. Uma série de silhuetas negras, nas quais o casaco acolchoado foi criado em todas as formas possíveis (acolchoado, trançado, etc.), formando os vestidos em évasé realizados por Kei Ninomiya, da Noir Kei Ninomiya.

SALA 7
MONCLER FRAGMENT – HIROSHI FUJIWARA

A minha favorita! Todos os looks masculinos são lindos e mostram o melhor estilo de streetwear para as ruas frias do inverno. A coleção da Fragment por Hiroshi Fujiwara, foi atualizada com alguns patches, estampas e bordados, sem perder o estilo clássico das jaquetas e coletes da Moncler.

SALA 8
MONCLER PALM ANGELS

Nessa coleção, Francesco Ragazzi tenta aproximar o público jovem com peças inspiradas no começo dos anos 2000 e final dos anos 90, tão celebrado no Tumblr. Os looks masculinos me lembraram um pouco o que o Justin Timberlake, do ‘NSync, costumava usar – óculos esportivos com lente colorida, boinas e roupas largas. Já os looks femininos, achei meio Bella Hadid meets Dior, com os elásticos escritos e óculos fininhos.

 

http://pt.fashionnetwork.com/news/Moncler-a-arte-de-reinventar-os-blusoes,950162.html#.WpCS-KjwaUk

https://www.monclergenius.com/#1

http://wwd.com/runway/fall-2018/milan/moncler-genius/review/


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